Ruben Alves escreveu um texto magnífico sobre Relacionamento. Em seu texto o foco foi mais voltado para relacionamento afetivo e ele faz a comparação com os jogos de tênis e frescobol.
Hoje eu quero conversar com você sobre esses dois jogos, só que fazendo uma reflexão com relação a nossa comunicação. A comunicação do dia a dia com nossos familiares, em nosso ambiente de trabalho, e até mesmo, aquela comunicação que temos conosco, lá em nosso interior.
A comunicação está presente em grande parte da nossa vida. Ora estamos nos comunicando com os outros, ora estamos escutamos aquela voz baixinha lá no fundo, nos questionando, nos criticando ou nos elogiando: o famoso diálogo interno.
E eu te pergunto: Como está o seu diálogo interno? Como está a sua comunicação com as pessoas, seus familiares e colegas de trabalho? Quando você fala, suas palavras são lançadas como um jogo de tênis ou como um jogo de frescobol? É lançada fazendo com que o outro não tenha palavras para responder, ou é lançada para que o outro possa responder e o diálogo continue?
Quando nos comunicamos, podemos falar, olhar e agir com agressividade, com ressentimentos, e geralmente nestas situações comprometemos os relacionamentos. Nesse momento estamos jogando tênis. O jogo de tênis tem o objetivo de derrotar; os jogadores naquele momento são adversários. O bom jogador é aquele que sabe exatamente o ponto fraco do adversário e utiliza isso para vencer. Um vai ganhar e o outro vai perder. O jogo termina com a alegria de um e tristeza do outro.
E quando jogamos tênis com a gente mesmo? Quando deixamos aquelas críticas, aquela auto-sabotagem nos derrubar? Quando afirmamos para nós mesmos que não somos capazes, que não temos “jeito pra isso, jeito para aquilo”, e vamos nos afundando, derrubando nossa auto-estima e comprometendo nosso sucesso? Nosso medo, nossas dúvidas, nossas angustias querem provar para nós mesmos, que não conseguiremos, dizendo lá no fundo, que teremos que nos esforçar muito, que não valerá a pena. Essa é a comunicação tipo tênis, onde estamos jogando a pior partida de tênis da nossa vida: O jogo em que o vencedor será o nosso medo, serão as nossas crenças, serão aquelas frases limitantes que muitas vezes ouvimos quando éramos crianças e que não as questionamos se eram realmente verdades.
Já o jogo de frescobol, embora tenha também duas raquetes, dois jogadores e uma bolinha, já tem uma diferença que, quando pensamos em comunicação interpessoal, torna-se um grande diferencial. No frescobol não existe a rede. Não existe uma divisão, uma separação. Existem sim, dois jogadores querendo ir juntos até o final, sendo os dois, os vencedores; quando um erra, pede desculpas; quando o outro joga a bolinha meio torta, seu parceiro faz um grande esforço para manter a bolinha no ar, sem cair no chão. Não existe felicidade com o erro do outro.
Desta mesma forma, quando nos comunicamos tipo frescobol, nossas palavras são assertivas e não agressivas. Nossos olhares são de aprovação e de acolhimento, porque queremos que nossa equipe alcance as metas. Em nossa vida pessoal, queremos viver em cumplicidade com nossa família, filhos e com nosso (a) parceiro (a) de vida. Nosso diálogo interno é acolhedor e é uma conversa interna em que nos perdoamos e nos comprometemos a fazer cada dia um pouquinho melhor, acreditando em nós mesmos. Nossa conversa interior nos dá forças para fazer da comunicação, um grande aliado rumo ao nosso sucesso, a nossa qualidade de vida e entusiasmo.
Portanto, a comunicação é um jogo que jogaremos por toda a vida. Cabe a nós, desenvolvermos esta arte de nos comunicarmos cada vez melhor, com maestria, atenção, proatividade e com muita assertividade. Vamos juntos! Eu e você HOJE, MELHORES do que ontem.