Cuidar excessivamente da parte operacional e entrar na guerra de preços para conquistar novos clientes são rotinas que não fazem mais parte do dia a dia do empresário contábil Francisco de Paula.
Essas mudanças de atitude, na sua avaliação, têm sido cruciais para o crescimento da F & V Escritório Contábil – situada em São Lourenço (MG), com filiais em Alagoa e São José dos Campos (SP) – e a melhora na qualidade dos serviços prestados aos seus mais de 180 clientes.
“Precisei mudar de mentalidade para gerenciar melhor a minha empresa, em vez de desperdiçar o meu tempo executando o trabalho. Com isso, foi possível dar mais atenção a outras atividades e atrair os clientes pela qualidade dos serviços e não somente pelo aspecto do valor cobrado”, relata o contador.
O próximo passo, segundo ele, é segmentar a atuação da sua empresa em quatro nichos específicos, o que o permitirá especializar-se ainda mais em segmentos estratégicos, prover um serviço capaz de atender exatamente as necessidades dessas empresas e, assim, ampliar de maneira significativa sua clientela.
O despertar para essa nova ordem do empreendedorismo contábil ele credita aos aprendizados adquiridos durante o Workshop “Contador 2.0”, do professor e palestrante Roberto Dias Duarte, do qual participou pela primeira vez em 2014 e repetiu a dose nos dois anos seguintes.
“Depois dessas experiências, fui percebendo que ao se prestar serviços com autoridade, os ganhos financeiros vêm como consequência deste trabalho”, afirma o sócio da F & V.
Um dos maiores equívocos que impedem o crescimento dos contadores e empresários contábeis, segundo Francisco, é acreditar na lógica segundo a qual o profissional da contabilidade deve trabalhar tão somente para cumprir as exigências do governo.
Em sua visão, a evolução do fisco deve ser enxergada de maneira positiva, por aumentar a importância da contabilidade nas empresas e conferir ao profissional da área um papel de protagonista nos processos de tomada de decisão.
“É necessário se concentrar em gerar informações gerenciais para os clientes, propondo novos olhares para o seu negócio. Não basta mais apenas receber deles os dados e cumprir as obrigações fiscais”, conclui ele.