O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu pela quinta vez ao variar 6,9 pontos, em relação a junho, atingindo 89,1 pontos, o maior nível desde março de 2014 (89,2 pontos). Pela métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 4,2 pontos, sinalizando que a tendência de desaceleração no ritmo de queda do total de pessoal ocupado na economia brasileira nos próximos meses
“O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país”, explica o professor da IBE-FGV e coach, Vagner Sandoval.
Segundo ele, quando o público entrevistado nestas sondagens tem uma percepção positiva quanto ao crescimento do mercado de trabalho que está por vir, o resultado sobe. “Neste levantamento, os entrevistados acreditam que a tendência nos próximos meses é que ritmo de demissões diminua novamente, o que é extremamente positivo pois indica uma perspectiva de recuperação da economia brasileira”, explica.
Na RMC
De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) até o fim de junho deste ano 14.613 postos de trabalho foram extintos na RMC (Região Metropolitana de Campinas), 130,34% acima dos 6.344 postos reduzidos no mesmo período de 2015. Em junho, porém, foram fechados 5.383 postos de trabalho, número 21,66% menor do que os 6.811 registrados no ano passado.
Para o consultor de negócios e professor da IBE-FGV, Alcidney Sentallin, a perspectiva é animadora. “A curto prazo o cenário não é muito bom, mas a tendência é de melhoria daqui para frente com essa expectativa de queda no volume de demissões apontada pelo IAEmp”, confirma.