Entender a cabeça desses indivíduos e a importância dos conceitos de marketing aliado a economia faz um excelente quadro para atuar na busca de suas necessidades.
O marketing está aumentando sua importância e sendo mais utilizado pelas organizações brasileiras e isso pode ser facilmente constatado em leituras de jornais e revistas de negócio. Era mais reconhecido e melhor remunerado nas organizações o homem de finanças até a entrada em cena do governo Collor.
Após o governo Collor/Itamar e com a entrada do governo FHC aumentou a importância do homem de marketing e economistas, pois as organizações passaram a viver do seu próprio negócio e não de ganhar em aplicações financeiras (isso pode ser visto nos classificados dos jornais e também nas empresas de contratação de mão-de-obra).
Observando o mercado de trabalho após a guinada proporcionada pelo plano real, entra em cena o profissional de marketing, que tenta fazer com que a empresa sobreviva do seu negócio. Nesse contexto, muitos executivos que eram diretores de finanças migram suas habilidades e até de cargo, transferindo de mala e bagagem para a área mercadológica.
O marketing lida com as necessidades básicas do ser humano, por isso tem de entendê-lo no seu aspecto sociológico, filosófico e porque não psicológico. Através da sua psique e estudando e elaborando o homem nas suas diversas fases da vida é que o homem de marketing analisa o consumidor e ajuda-o a preencher seus vazios e suas necessidades e, às vezes, até criando uma necessidade ainda não vislumbrada por ele.
Para lançar um produto novo no mercado, o marketing faz uma pesquisa de mercado, utilizando a tecnologia, e também convida os consumidores para fazer prova dos produtos relatando sabores, preferência de cores, gostos etc. Ele busca com isso interpretar seus sonhos, suas angústias e tenta obter maneiras de preencher esses espaços, com o produto apresentado.
É como se o homem de marketing penetrasse no inconsciente coletivo das pessoas. Segundo Jung: “ao contrário do inconsciente pessoal, não é constituído de conteúdos individuais, mais ou menos únicos e que não se repetem, mas de conteúdos que são universais e aparecem regularmente”. Portanto o homem de marketing se traveste de psicanalista do consumo, induzindo ou conduzindo o mesmo.
Portanto, necessitamos criar uma marketingnomia ou economarketing para ajudar na interpretação e análise da economia global e do indivíduo como um ser multifacetado cheio de gostos diferenciados, aflorados pela visão e pelas possibilidades globais da economia atual, podendo consumir produtos nacionais e internacionais.
A economia tenta entender os aspectos da microeconomia e da macroeconomia, interpretando aspectos monetários, fiscais, inflacionários, cambiais, do mercado de capitais e tantos aspectos que envolvem o mercado.
A Parmalat ao fazer a campanha dos mamíferos entrou na mente de pais e de crianças de uma maneira indelével e também de uma maneira marcante. Com seu marketing de encantamento, conseguiu transformar os pais em verdadeiros aliados dos seus produtos, premiando os filhos com bichos de pelúcia em que a lembrança da marca ficará guardada por toda uma vida.
O McDonald’s ao colocar o parquinho nas suas lojas está fazendo com que as crianças queiram frequentar aquele espaço e levem juntos de si alguns adultos.
A empresa que entender que o importante é marcar presença nas mentes infantis que estão sendo bombardeadas todos os dias e por todos os lados, vai conseguir dar esse aproach quando entender que “o primeiro sutiã a gente nunca esquece”, assim como as primeiras mensagens ficarão para sempre.
Marcar presença, fixar um conceito, agradar e conquistar mentes e corações, esse é o inferno astral do profissional de marketing, que deve inculcar modas, distribuir saudades, construir sonhos. Marketing é paixão e também emoção, é banana flambada com sorvete que lambuza os beiços e faz lembrar-se da infância, da pureza e do prazer.
e-Robson Paniago é palestrante de Administração & Poesia