O atual cenário de emprego em nosso país permanece cheio de incertezas e, a melhora projetada para o mercado de trabalho apresenta um intervalo maior do que o esperado. A opção, então, é buscar outras alternativas, dentre as quais abrir um negócio próprio, que se destaca diante das demais possibilidades.
Produto ou serviço, público, valor, preço e localização física são pontos principais a serem estudados para que o futuro empresário tenha uma visão detalhada de seu mercado/área de atuação. O planejamento estratégico é uma ferramenta imprescindível para o sucesso de qualquer negócio, independente do porte de sua empresa, e principalmente para uma empresa em fase de formação. Conhecer o mercado, o público, as legislações e tributações, bem como o melhor caminho a se seguir, fazem a diferença na atuação da empresa e do empresário brasileiro.
O primeiro passo para abrir um negócio é contratar um contador qualificado para a elaboração e registro do contrato social e, consequentemente, providenciar as inscrições nos órgãos públicos necessários para a emissão das Notas Fiscais pertinentes à atividade. A escolha do regime tributário mais adequado para a nova empresa é um momento que exige cautela e expertise do contador, para que não ocasione fraudes ou lesão ao Fisco e nem onere erroneamente o empresário, inviabilizando, assim, as atividades sociais da nova empresa. Nesse ano, por exemplo, nasceram 131 empresas por dia e faliram 44, e fatores como falta de planejamento e alta carga tributária contribuíram para este cenário.
Outro aspecto que merece atenção na abertura de empresa é a definição do Capital Social. De acordo com os conceitos contábeis vigentes, o Capital Social é a quantia disponibilizada pelos sócios para que a nova empresa inicie suas operações, mantendo-se operacionalmente, sem depender financeiramente dos mesmos. E para determinar esse valor, os sócios devem ter como base os custos e despesas que a nova empresa terá em um determinado espaço de tempo, tais como aluguel, folha de pagamento, compras de ativo e estoque, impostos em geral, entre outros.
Mesmo diante das dificuldades econômicas que o país enfrenta, o e-commerce permanece em crescimento, pois a crise não abateu esta modalidade de negócio. Tivemos um crescimento de 12% em relação ao ano anterior e faturamento na ordem de 59,9 bilhões de Reais, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Portanto, estamos diante de um novo cenário, onde consumidores estão prestando mais atenção a produtos e serviços vendidos e negociados através da Internet.
Vale ressaltar que não há diferenças entre abrir uma empresa física e uma virtual. Esta modalidade de empresa, “e-commerce”, exige o capital inicial de investimento. E também é necessário estabelecer um espaço físico real de funcionamento, isto é, um escritório para as operações administrativas e, muitas vezes necessário, um local para estoque. Portanto, será necessário o alvará de funcionamento dos órgãos competentes (prefeitura de sua cidade e do Corpo de Bombeiros). Além disso, é necessário registrar o empreendimento na Junta Comercial do estado onde o empreendimento está localizado, na Receita Federal para obtenção do CNPJ e na Secretaria de Fazenda de seu estado, para poder emitir Nota Fiscal para o consumidor.
*Ricardo Oliveira, Gerente da Área de Legalização da King Contabilidade.