Desde que a pandemia começou, em março, os hábitos de todos sofreram alterações. Sejam os costumes de alimentação, lazer, rotina e até mesmo os de compras, a vida dos brasileiros mudou. Em relação às vendas, os volumes registrados chamam a atenção nos últimos meses. No comparativo entre junho e julho, o número de notas fiscais emitidas cresceu 24%, com um total de 9,2 milhões de transações. Os dados são parte de um estudo do Bling!, startup de ERP para pequenas e médias empresas.
O volume apresentado na pesquisa é quase cinco vezes maior do que o registrado na última edição da Black Friday, quando dois milhões de notas fiscais foram emitidas. No mesmo período, a integração entre plataformas de ERP (Enterprise Resource Planning, ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial) e marketplaces aumentou 27%. O fenômeno pode ser explicado pelo isolamento social, fechamento dos comércios e restrições de circulação pelas cidades.
A migração da loja física para marketplaces é uma estratégia usada por comerciantes, principalmente à frente de micro e pequenos negócios, para enfrentar o período em que o ponto de trabalho precisa ficar fechado. Isso porque esses sites poderão dar mais visibilidade aos produtos, além de que, mesmo com baixo investimento, eles ganham tráfego, visitação, expertise e ferramentas de marketing e mídia.
Neste cenário, apenas em julho, a Centauro cresceu 123% no volume de integrações, seguida por Via Varejo (108%), Carrefour (93%) e Mercado Livre (23%).
Meses de alta
Os números do comércio eletrônico estão em alta desde que a quarentena começou, na segunda quinzena de março. Em maio, por exemplo, os sites brasileiros registraram o volume de um bilhão de visitas e um crescimento de 51% do setor, de acordo com levantamento conduzido pela Conversion, consultoria de performance e SEO.
Na ocasião, os segmentos que apresentaram as maiores altas foram: Eletrônicos (136,72%); Moda (95,27%); Casa & Móveis (85,39%); Pet (65,56%); e Comida (61,40%).
Cuidados no online
Utilizar uma plataforma de marketplace é uma forma segura e simplificada de vender na internet. Contudo, caso os empreendedores prefiram criar seus próprios sites, há diversas etapas recomendadas que devem ser analisadas, como questões de estruturação e distribuição de conteúdo nas páginas, estratégia logística adotada, emissão de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e, claro, um sistema antifraude, para minimizar as chances de prejuízos derivados de fraudes.