O ano de 2020 foi muito difícil em vários aspectos, uma vez que a pandemia de COVID-19 forçou as pessoas a ficarem de quarentena em casa e, por consequência, várias empresas enfrentaram – e ainda enfrentam – dificuldades para lidar com os prejuízos. Muitas, inclusive, tiveram de fechar as portas, e um dos motivos está no fato de que muitas pequenas empresas não conseguiram obter empréstimos bancários de instituições financeiras.
Segundo Taniara Castro, coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio, as ofertas de crédito com taxas de juros menores e um prazo estendido para o pagamento de dívidas são essenciais para que as micro e pequenas empresas se recuperem. No entanto, em levantamento feito pelo Sebrae, mais de 60% dos pedidos de empréstimos feitos por micro e pequenas empresas foram negados apenas no Rio de Janeiro, 12% ainda estão no aguardo de um parecer sobre o pedido de empréstimo e 27% obtiveram um parecer favorável até janeiro de 2021. De todo modo, acessar crédito durante o ano de 2020 foi muito difícil para os empresários.
Uma opção para os que ainda não conseguiram um empréstimo pelas instituições financeiras tradicionais é tentar via maquininha de cartão. Ainda de acordo com o levantamento do Sebrae, mais de 30% dos micro e pequenos empresários não conhecem esta modalidade de empréstimo e 17% não utilizam maquininhas de cartão em seu estabelecimento. Atualmente, são diversas as opções de maquininhas de cartão com taxas interessantes, que não causam risco de prejuízo para as empresas.
Com a possibilidade de pedir empréstimos via maquininhas, há uma fresta para desafogar o negócio durante a pandemia – afinal, os gastos com conta de água, fornecedores, funcionários e manutenção de máquinas, como computadores e ar-condicionado, não param de chegar. A conta de luz, especialmente, aumentou no ano de 2020. A pesquisa feita pelo Sebrae também aponta que mais de 60% dos negócios no estado do Rio de Janeiro estão com dívidas (abertas ou em atraso), sendo as despesas para a manutenção da empresa a maior dor de cabeça dos empresários.
Giovanni Beviláqua, analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, diz que, para que as coisas melhorem, é necessária a manutenção do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foi regulamentado pela Receita Federal em 2020. Ele ainda citou a regulamentação do PEAC Maquininhas, que tem foco em empresas menores, como MEIs e microempresas, para driblar a crise.