O saldo de crédito concedido pelos bancos a pessoas físicas e jurídicas deve dar um salto em 2022, de acordo com projeção do Banco Central. A expectativa é que, com o poder de compra menor e o crescimento do endividamento em todo o país, o aumento seja de 18,6% no crédito para famílias e de 9,6% para pessoas jurídicas.
O aumento na procura por crédito é resultado direto do impacto da pandemia nas finanças dos brasileiros. De acordo com a área de negócios da Central Sicredi Norte/Nordeste, presente em 10 estados da região, o volume total de crédito liberado nos estados de atuação foi de R$ 6,7 bilhões nos últimos dois anos.
Para o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Norte/Nordeste, Robinson Kokeny, mesmo com a pandemia, as cooperativas da região conseguiram evoluir na liberação de crédito. “Relativamente, o Sicredi registrou um crescimento de sua carteira de crédito. Porém, motivados pelo aumento da Selic, os empréstimos ficaram mais caros em todo o mercado financeiro e a tendência é de alta na inadimplência. Por isso, no Sicredi o associado conta com nosso diferencial em ofertar uma consultoria personalizada para uma educação financeira e o uso consciente do dinheiro”, afirma.
Essa maior demanda é acompanhada também do aumento de um dos maiores pesadelos para quem precisa recorrer ao crédito: os juros. No último dia 16 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 11,75% ao ano, o que encarece o acesso ao crédito. Por isso que, segundo Robinson Kokeny, o Sicredi se torna uma alternativa interessante para quem quer ter acesso ao crédito.
“As nossas taxas continuam muito competitivas em relação ao mercado, além disso, por meio do acesso ao crédito, assim como de outros produtos, ao final do exercício, nossos associados participam da distribuição dos resultados”, destaca Kokeny.
“Podemos citar como algumas das principais linhas de crédito o Consignado, Financiamento de Energia Solar, Financiamento de Veículos e Capital de Giro e Antecipação de Recebíveis para empresas, além do nosso Cheque Especial, que tem a menor taxa do mercado”, ressalta o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi NNE.
Cartão de crédito é o maior vilão
Além de ter tarifas mais justas e linhas de crédito variadas, as cooperativas podem auxiliar na hora de evitar o maior vilão do endividamento: o cartão de crédito.
Segundo o BC, em novembro de 2021, 19,13% dos clientes que usam o rotativo - juros cobrados quando a fatura do cartão não é paga integralmente - tinham atraso no pagamento entre 15 e 90 dias: praticamente o dobro do ano anterior, quando 9.68% dos clientes estavam com esse atraso.
“O problema não está no cartão de crédito, mas no seu consumo consciente. Compre apenas o que precisar, procure sempre planejar seus gastos e suas compras, e estabeleça limites e objetivos, são algumas orientações que nós do Sicredi repassamos aos nossos associados durante nosso atendimento”, finalizou Robinson Kokeny.