Por iniciativa de Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Luiz Fux (presidente do STF) foi criada uma comissão de juristas que pretende refletir formas de desafogar o sistema judiciário e reduzir o número de processos e litígios, criando espaço para pautas mais importantes, com prazos e regras mais claras.
O Brasil, hoje, sofre com a lentidão da justiça. O jurista Alexandre Aroeira Salles, doutor em Direito e sócio fundador da banca Aroeira Salles, explica que “o judiciário no Brasil é abarrotado de processos judiciais, ultrapassando os 100 milhões de litígios. A maioria deles decorre de decisões proferidas por agentes administrativos, e o nosso País tem uma das piores legislações de processos administrativos do mundo”.
Especialista em teoria do processo, Aroeira Salles vai integrar a comissão e tem a expectativa de que o judiciário consiga ganhar mais eficiência a partir dela - “estamos trabalhando para propor um Projeto de Lei que consiga aprimorar e dar agilidade ao processo administrativo e tributário e também, gerar mais segurança jurídica, estabilidade, previsibilidade e proporcionalidade da conduta da administração pública na relação com o cidadão. Hoje tudo é muito ineficiente”.
A escolha dos relatores e a divisão por temas
Dividida em duas subcomissões, os membros da Comissão escolheram os juízes Valter Shuenquener de Araújo (processo administrativo) e Marcus Lívio Gomes (processo tributário), como relatores e presidentes de cada subcomissão. Os dois serão responsáveis pelo relatório final, que trará as propostas de atualização em formatos de Projeto de Lei, emendas à Constituição ou outros modelos.
A Comissão de Estudos, que foi instalada no início de março, é formada por 17 juristas e tem o prazo de 180 dias para formular e apresentar o relatório com as propostas de mudanças.
Sobre o Aroeira Salles
Com mais de 20 anos de atuação, o escritório de advocacia está presente em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e Londres, auxiliando empresas de diversos segmentos em projetos, decisões e demandas jurídicas, resolvendo questões de compliance, licitações etc.