Boleto falso, e-mail que pede atualização de cadastro, correspondência que avisa sobre dívida pendente, clonagem da conta de aplicativo de mensagens instantâneas, pela qual o golpista se faz passar por conhecido para pedir dinheiro, e até site fraudulento, que vende produtos que nunca vão chegar na sua casa. O número de golpes financeiros é crescente no Brasil e a cada dia surge uma nova modalidade de fraude envolvendo transações financeiras. Levantamento do Indicador de Tentativas de Fraudes da Serasa Experian indicou que o número de golpes no primeiro trimestre de 2022 ultrapassou 1 milhão.
Lançado há pouco mais de um ano, o Pix é alvo constante de fraudes e fazer transações por ele pode gerar insegurança no usuário. Por outro lado, como ele caiu nas graças do brasileiro, por sua agilidade e facilidade, o Banco Central criou novas medidas de segurança. Recentemente, implementou o sistema MED – mecanismo especial de devolução - para facilitar o bloqueio de operações fraudulentas.
O cliente deve estar atento o tempo todo e se precaver. Desconfie de e-mails desconhecidos, ligações telefônicas e mensagens de aplicativos. Se sua instituição financeira não tem o hábito de fazer contato constante, não responda nada digitalmente até que consiga ir até sua agência ou entrar em contato com o banco por meio do Canal de Relacionamento oficial, para se certificar da veracidade da mensagem. Outra dica relevante é criar senhas mais complexas ou mudá-las periodicamente, usando letras, números e caracteres especiais, se for possível.
Grande parte dos bancos no Brasil estuda e implementa constantemente ferramentas para minimizar ainda mais esses riscos que envolvem transações financeiras. “Os golpes mudam e evoluem rapidamente. Temos uma área específica de prevenção à fraude, afinal, lidamos com o dinheiro das pessoas, que muitas vezes representam o sonho delas. Então, é preciso cuidar muito bem desse patrimônio. Atualmente, a tecnologia nos permite detectar possíveis problemas nos dispositivos que os clientes acessam – site ou APP – e cria alertas toda vez que algum sistema duvidoso surge. Entramos em contato com o cliente para fazer essa checagem e criamos mecanismos que podem barrar algumas transações, caso ele de fato esteja sendo alvo de um golpe”, explica Renata Pires, Especialista em Prevenção de Fraudes do Banco Semear.
O Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian foi iniciado em 2011. Naquele ano, o acumulado de casos registrados foi de 2,5 milhões. Desde então, o volume quase dobrou, atingindo 4,18 milhões de tentativas de fraudes no ano passado.
Ao firmar contratações com o cliente de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ou Empréstimo Pessoal (EP), por exemplo, o Semear faz uso de biometria e assinatura digital: as transações são finalizadas por meio de uma ferramenta que faz o cruzamento da análise do rosto do cliente com o CPF. “É um sistema que traz mais segurança para o banco no processo de aprovação e também para o usuário. Depois da implementação desse formato, quase não tivemos mais fraudes”, atesta Renata.
Especialistas são unânimes em afirmar que a pandemia da Covid-19 acelerou os processos de fraudes digitais, à medida que aumentaram as transações via e-commerce de todo tipo - de pedido por comida a compras de supermercado, eletrodomésticos e roupas pela internet. Além disso, os golpes acompanham as práticas anticrimes cibernéticos criadas pelas instituições financeiras. “Vazamento de dados, criação de contas falsas e uso indevido das informações de terceiros ocorrem e precisamos nos precaver para não cairmos em fraudes”, acrescenta Renata.
Veja abaixo algumas dicas de segurança:
– Precisa de um novo boleto? Ligue para o número de atendimento ao cliente do seu banco ou converse pessoalmente com a loja onde você fez a compra.
– Quer renegociar sua dívida? Entre em contato com a Central de Atendimento ao Cliente e/ou chat do seu banco, que eles saberão direcionar você para uma área segura.
– Vai pagar um boleto? Só pague uma dívida conhecida ou contratada por você e confirme os dados do recebedor/beneficiário, antes de digitar sua senha para pagamento. Se você estiver fazendo um pagamento para uma empresa ou instituição financeira e o beneficiário for uma pessoa física, desconfie.
– Se você está comprando um produto ou fazendo um empréstimo em uma loja, o pagamento deve ser feito preferencialmente na rede bancária ou na loja que está contratando / financiando a sua compra ou proporcionando o seu empréstimo. Não faça pagamento ou transferência para uma pessoa física. Nem mesmo o gerente da loja tem autorização para receber qualquer valor em nome da loja ou do banco.
– Só faça compras ou empréstimos por meio de canais oficiais das lojas ou bancos – sites ou lojas físicas. Acessar links recebidos por aplicativos de mensagens pode direcionar você para falsos sites ou falsas centrais.
– Recebeu uma oferta irresistível de um amigo pelo perfil em uma rede social? Converse pessoalmente, ou por telefone, com esse amigo ou solicite uma mensagem de voz, antes de fazer uma transferência. O perfil dessa pessoa pode ter sido invadido e talvez ele ainda nem saiba.
– Um amigo ou parente precisa de dinheiro e te pediu ajuda por meio de uma rede social (WhatsApp, Instagram, Facebook, etc.)? Não faça nenhuma transferência, sem antes falar pessoalmente com a pessoa e se certificar de que foi ela mesma quem solicitou a ajuda.
– Vai fazer um pagamento por cartão de crédito/ débito? Confira o valor no visor antes de digitar sua senha. Se o visor indicar qualquer problema ou falha, recuse o pagamento.
– Seus dados valem ouro! Proteja-os. Seu nome completo, CPF, o nome dos seus pais e sua data de nascimento são as principais informações utilizadas por um fraudador para se passar por você. Não forneça a pessoas desconhecidas.
– Evite salvar seus contatos no aparelho celular com apelidos como: pai, mãe, irmã, tia, tio, etc.. Isso facilita a ação de pessoas mal-intencionadas.
Sobre o BANCO SEMEAR
Fundado em 2006 e sediado em Belo Horizonte (MG), o Banco SEMEAR é o único banco mineiro especialista no varejo de eletromóveis. Está presente em todo o território nacional e atende a mais de 2 milhões de clientes nas cinco regiões brasileiras, com destaque para as cidades do interior do país. A instituição se consolidou no atendimento ao varejista, por meio do financiamento das operações para que os consumidores, majoritariamente pertencentes às classes D e E, parcelem compras de móveis e eletrodomésticos em até 24 vezes. Ao longo dos anos, o SEMEAR ampliou sua participação no mercado nacional, com expansão da carteira de produtos e serviços. Tornou-se, assim, um banco múltiplo, dinâmico e inovador, com foco também em inclusão e educação financeira.