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Gestão exponencial também deve ser aplicada durante o desligamento de colaboradores

Para o empreendedor e palestrante Rica Mello, a aplicação do conceito nesse momento facilita e aproxima a relação entre empresa e funcionário

Autor: Rica MelloFonte: 0 autor

O conceito de gestão exponencial segue em expansão entre empresas e startups no Brasil. Trata-se de uma metodologia de gestão de estratégia, operação e liderança que aliada às novas tecnologias e inovações proporcionam crescimento mais acelerado das companhias.

Quando se fala em gestão exponencial e empresas que querem crescer muito rápido, o cuidado com os colaboradores deve existir em todos os momentos, inclusive na hora do desligamento.

De acordo com Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, a transparência é fundamental nesse tipo de situação. “É um momento complicado, mas é importante falar o porquê a empresa está tomando essa decisão. Seja por uma razão de redução de custos ou por novas diretrizes da empresa em relação a seus investidores. A empresa deve ser transparente com o colaborador que passou um tempo contribuindo para o crescimento da organização, mostrando o que a empresa pretende alcançar com o seu desligamento”, declara.

Além da transparência, uma visão mais humanizada pode ser de grande valor nesse momento. “Tenha cuidado com pessoas mais vulneráveis e tente colaborar de alguma maneira em sua realocação no mercado de trabalho. Veja maneiras para deixar o currículo dele mais atrativo, ofereça treinamentos de como se portar em uma entrevista e, quem sabe, encontre contatos que possam empregar esse colaborador se a ocasião permitir”, aconselha o gestor.

Para Rica Mello, em uma gestão exponencial o período de aviso prévio também pode ser facilitado para que esse trabalhador se recoloque no mercado de trabalho. “Posso garantir um tempo maior de realocação para esse colaborador oferecendo, por exemplo, que ele trabalhe três dias da semana no período de aviso e use os dias livres para procurar um novo emprego ou preparar seu currículo de uma maneira mais bem formulada. De qualquer forma, é possível facilitar a vida desse futuro ex-funcionário”, relata.

Alguns colaboradores podem ser de grande valor em outros setores e isso deve ser considerado pelos gestores das empresas. “Existem funcionários que têm um grande potencial de crescimento em outras áreas. Não desligue esses colaboradores e os capacite para uma possível realocação dentro da própria organização. Os frutos desse tipo de tratamento podem ser colhidos em um futuro não tão distante”, pontua.

Um suporte adequado após o desligamento também é de grande valor para que os impactos sejam mínimos no futuro desse trabalhador. “As empresas podem garantir plano de saúde por três meses ou um acompanhamento psicológico se o indivíduo sentir a necessidade, por exemplo. Tudo isso faz parte de uma gestão exponencial e essas metodologias podem trazer diversos benefícios para a empresa a médio e longo prazo”, revela.

Alguns desses benefícios estão relacionados ao feedback que esses ex-funcionários podem oferecer em relação à empresa que ele um dia fez parte. “Isso protege a marca e, no futuro, ela pode contratar novamente algumas dessas pessoas porque elas não vão ter se sentido desrespeitadas em um eventual processo de desligamento. Se o tratamento foi adequado, eles podem continuar sendo seus clientes e podem continuar falando bem da empresa mesmo após todos esses acontecimentos do passado, evitando polêmicas e um clima não tão amigável. Esse tipo de prática tem sido adotada por diversas companhias e startups, e têm rendido bons frutos”, finaliza Mello.

Sobre Rica Mello

Rica Mello é apaixonado por gestão, números, estratégia e pessoas. Dedicou uma década auxiliando grandes empresas como consultor estratégico da McKinsey e Bain & Company antes de criar seus próprios negócios. É empreendedor serial e está à frente de negócios em diversos segmentos como indústria, distribuição, importação, varejo, e-commerce e educação. Auxilia empresários a navegar no desafiante mercado brasileiro e é uma das lideranças da indústria que se preocupam com iniciativas de coleta e reciclagem de materiais. Possui MBA pela Kellogg School e especialização pela Singularity University. Ele aprendeu a gerenciar empresas de qualquer lugar do mundo, para alimentar sua outra grande paixão, que é viajar. Conhece 136 países e almeja visitar todos os países do mundo até 2025.

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