Por diferentes motivos, um franqueado pode resolver vender a sua franquia, esse processo recebe o nome de repasse de franquia e pode ser um ótimo negócio para empresários que desejam começar a investir nesse ramo. Porém, por mais atrativo que pareça o negócio, é preciso se atentar a alguns detalhes para não correr riscos futuros. Veja algumas dicas para quem pretende adquirir uma franquia de repasse com mais tranquilidade.
O próprio franqueado pode repassar a franquia?
O repasse de uma franquia só pode ser feito diretamente caso ele conste no contrato do empreendimento, isso porque muitos contratos são feitos a partir de um franqueado específico. Caso não conste uma cláusula específica permitindo o repasse, é necessária uma consulta prévia com o franqueador antes do repasse. É possível que em alguns casos seja cobrada uma nova taxa de franquia do interessado, pois a franqueadora terá que analisar todo o cadastro para consolidar a aprovação, além de arcar com custos extras para realizar os treinamentos necessários.
Vale lembrar que o repasse sem a autorização do franqueador configura-se grave violação de contrato, o que pode acarretar sérios problemas para ambos envolvidos na negociação.
O contrato com o franqueador, além de determinar a possibilidade do repasse automático de franqueado, também regulamenta a forma como o repasse deve ser feito. Por isso uma análise criteriosa deve ser feita, de preferência, com ajuda técnica.
Analisar o motivo do repasse e as condições que se encontram o negócio
Muitas vezes o motivo do repasse pode ser por motivos pessoais do franqueado, porém fazer uma análise criteriosa é muito importante, para verificar os detalhes do negócio. Mesmo um ponto que não tenha bom desempenho, pode ter um grande potencial de crescimento. Por isso é importante buscar informações sobre o segmento, localização e se o tipo de negócio adequa-se ao seu perfil.
Uma análise em relação à situação financeira, dados sobre fornecedores e instituições financeiras envolvidas com o empreendimento, situação fiscal e trabalhista são essenciais para não correr o risco de se tornar responsável por dívidas criadas pelo antigo franqueado.
Outro ponto importante é verificar o contrato de aluguel do imóvel, pois na maioria dos casos o local onde funciona a franquia é alugado. Buscar detalhes sobre o que pode acontecer em caso de transferência do locatário e verificar se não existem taxas de transferência e reajuste de aluguel, por exemplo, são muito importantes.
Documentação necessária
Os documentos para adquirir esse tipo de negócio são os mesmos de um investimento inicial em uma franquia. O empreendedor deve receber a Circular de Oferta de Franquia (COF), para realizar o período inicial de análise de 10 dias, para depois concordar com a realização do repasse da franquia.
O franqueado que está passando o negócio, precisa desenvolver um documento de distrato, assim todas as pendências e eventuais dívidas ficam restritas ao período até a finalização do repasse da franquia.
Adquirir uma franquia de repasse pode ser um ótimo investimento para empreendedores que buscam reerguer um negócio, pois muitas das franquias que se encontram nesse modelo precisam apenas de um empresário disposto a crescer. Outra forma de economizar na hora de começar a empreender é buscar equipamentos e veículos, por exemplo, provenientes de um leilão judicial, que costumam ter preços muito atrativos e são uma ótima forma de suprir as necessidades da empresa.