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Os riscos jurídicos de um fechamento contábil mal executado

Nas últimas semanas, o mercado corporativo nacional sofreu um enorme baque com a crise anunciada pelas Americanas.

Autor: Guilherme PessoaFonte: 0 autor

Nas últimas semanas, o mercado corporativo nacional sofreu um enorme baque com a crise anunciada pelas Americanas. De forma repentina, a gigantesca holding brasileira teve o seu CEO, Sergio Rial, anunciando a saída depois de apenas nove dias de sua chegada. O motivo: a identificação de um rombo de R$ 20 bilhões nos balanços financeiros da empresa. Pouco depois, uma análise interna mostrou que buraco era mais fundo e a verdadeira dívida já beira a casa dos R$ 50 bilhões. Se por um lado ainda é cedo para cravar quais serão as consequências do fato para o mercado, uma coisa é certa: todo esse cenário acabou reacendendo o alerta sobre a importância de se realizar um fechamento fiscal e contábil assertivo, além de evidenciar os riscos envolvidos em caso de falhas no processo.

Por isso, hoje é fundamental para qualquer empresa, independente do tamanho ou área de atuação, seguir as leis contábeis e fiscais e manter os seus registros de forma precisa e confiável. Até porque, as consequências atribuídas a um fechamento contábil mal executado passam por pontos graves, como questões de compliance (que podem, inclusive, evoluir para problemas jurídicos mais sérios), além de ser extremamente prejudicial à imagem e reputação da marca e dos profissionais envolvidos.

Isso sem contar os riscos financeiros às companhias. De acordo com uma pesquisa global realizada pela BDO, 56% das empresas do mundo admitem não estar preparadas para detectar fraudes. O estudo ouviu 2 mil companhias de 131 países e também revelou que 35% dos respondentes dizem estar “parcialmente prontos”.

Solução na tecnologia

Dessa forma, antes de mais nada, qualquer inconsistência financeira deve ser observada e ajustada com muita atenção, de forma ágil e assertiva. Até porque, garantir a implementação de um fluxo de governança interna para que transações financeiras sejam registradas corretamente e que os relatórios sejam precisos são fundamentais para garantir a segurança do processo de fechamento contábil.

Uma das opções que vem se tornando recorrente no mercado corporativo é o uso de plataformas de automação de dados que garantam transparência, otimização e centralização dos controles internos. Por meio de um fluxo de registro automatizado, sem a necessidade da interferência humana, esses sistemas acabam possibilitando comparar grandes volumes de lançamentos contábeis, assegurando a integridade do controle financeiro, assim como a correta composição e evidenciação das contas que fazem parte do cotidiano das empresas.

Portanto, a contratação de uma plataforma de automação de processos de fechamento e conciliação contábil e fiscal se tornou fundamental para a operação das corporações por gerar maior precisão nos dados e economia de tempo ao processo. Isso sem contar que também os gestores financeiros e CFOs têm a possibilidade de acessar em tempo real as informações financeiras da companhia, a qualquer hora e lugar.

Além desses benefícios, o uso dessas ferramentas abre a possibilidade de manter os registros históricos de uma companhia para consulta dos auditores, agrupar esses arquivos em um repositório em nuvem, o que torna mais fácil a identificação dos responsáveis por cada etapa do fechamento contábil.

O fato é que a crise vivida pelas Americanas ainda pode gerar consequências devastadoras para seus colaboradores, fornecedores e credores - mas só conheceremos esses possíveis impactos no futuro. No entanto, a situação trouxe à tona a importância das empresas reverem com urgência os processos de conciliação e fechamento contábil. A verdade é que somente por meio de um trabalho minucioso na área que uma companhia pode realmente ficar tranquila em relação a sua saúde financeira e ter a certeza de que está atuando de forma saudável.

*Guilherme Pessoa, CEO e fundador da Dattos, principal plataforma de automação de análises financeiras do Brasil. Formado em Ciência da Computação pela UNESP, também possui MBA em Marketing Estratégico pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

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