Uma pesquisa da Agência Bloomberg estima que a agenda ESG deve atrair US$ 53 trilhões em investimentos até 2025. Ou seja, além de ser uma tendência, a adequação ao ESG passa a ser cada vez mais um pré-requisito de competitividade.
O ESG pode ser interessante para as empresas capturarem uma porção do mercado consumidor que se identifica com determinadas pautas. Cada vez mais, as corporações são cobradas a se posicionar sobre temas diversos. Assim, não é mais relevante só produzir um grande produto ou oferecer um ótimo serviço. É preciso estar alinhado ao que o público-alvo quer e acredita.
Portanto, o tema é um “jogo” novo para a maioria e as empresas esbarram em dois gargalos: a falta de profissionais qualificados e o poder aquisitivo da população. “Assim, embora central para os negócios, é preciso que ele seja aplicado de forma racional, ou empresas interessadas em promover mudanças sociais ou de consumo que entendem ser positivas podem ser incapazes de atingir os resultados que desejam”, explica Emanuel Pessoa, advogado, mestre em direito pela Harvard Law School e doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo
Diante desse cenário, onde capitalizar com responsabilidade está virando uma regra, o Movimento Circular (MC), iniciativa multissetorial que reúne pessoas e organizações empenhadas em disseminar os conceitos da Economia Circular, surge como referência no assunto, realizando a introdução desse conceito de economia, por meio de ações educacionais e práticas, como a Circular Academy, um curso oferecido na plataforma trilíngue do ecossistema, destinado a todos que querem entender sobre os desafios e oportunidades de transformar a economia de linear para circular. O curso online chamado “Introdução à Economia Circular” está disponível em português, espanhol e inglês, com duração aproximada de seis horas, divididas em sete módulos.
“É importante ressaltar além das nossas ações, que a empresa ou instituição de ensino que são parceiro do MC, também podem contar com um ecossistema de empresas e escolas com os mesmos objetivos, criando conexões e potencializando o networking entre as participantes”, explica o CEO do Movimento Circular, Vinicius Saraceni.
Além disso, boas práticas de governança são vitais para que as empresas operem com responsabilidade. Isso envolve o estabelecimento de programas de conformidade para assegurar a adesão às leis, regulamentos e padrões de ética. “E essa governança não para por aí, já que ela também engloba padrões anticorrupção, estratégias para reduzir riscos e criação de uma cultura específica e voltada a isso dentro das empresas. E isso é responsabilidade de todos: estimular mudanças sustentáveis, não só em relação às relações logística e e-commerces, mas em toda rede de operação”, afirma Antonio Wrobleski, presidente da BBM Logística.
Ao final, todo esse resultado pode ser medido e apresentado no formato de relatórios (de novo, a importância dos dados vindo à tona), para que sejam apresentados e medidos por meio de indicadores. “A relação dos consumidores mudou não apenas em relação ao comércio, mas também em como eles enxergam o enlace de marcas com questões ambientais e sociais, e isso inclui as escolhas logísticas de transporte e entrega. É mais do que retorno ambiental: é posicionamento de mercado e marca: branding”, completa o presidente da BBM.