Ser diferente faz parte da vida em sociedade. É fato que cada indivíduo possui características próprias que o distinguem do próximo. No entanto, de acordo com um estudo da consultoria Ernst & Young, divulgado no início deste ano no Fórum Econômico Mundial, a variedade nas empresas ainda é pequena. Na pesquisa, foi constatado que companhias atuantes em mais de 25 países têm menos de 5% das lideranças seniores fora do país-sede, o que revela uma tendência de evitar a diversidade de pensamento e cultura
É fundamental destacar que as empresas são, antes de tudo, ambientes de convivência social. Neles, a troca de conhecimentos é intensa e permite o contato com novos valores, tanto profissionais quanto pessoais. Nesse sentido, a diversidade cultural, racial, religiosa, etária e educacional nas organizações tende a proporcionar um compartilhamento de informações que poderão ser utilizadas no trabalho, bem como no cotidiano e nas relações familiares.
E na empresa em que você trabalha, há diversidade de ideias e pensamentos? Saiba que o diálogo entre os diferentes profissionais, cada um com características individuais, permite a construção de soluções mais concretas. Complemente sua opinião à de um colega de trabalho e verá que essa é uma das maneiras mais eficazes de desenvolver ações para um determinado problema, fazendo valer a máxima: duas cabeças pensam melhor que uma.
Com essa troca de conhecimentos, o ambiente tende a ficar mais colaborativo e diversificado. É nesse espaço que também podem conviver as diferentes gerações: das tradicionais à geração Y. Mas como anda essa relação entre pessoas de idades e pensamentos distintos? Um levantamento realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), divulgado em setembro, revelou que 34,5% das organizações no Brasil já criaram projetos específicos para atender jovens dessa geração, formada por pessoas nascidas entre 1980 e 1992. Desta forma, encare essa união como benéfica, buscando se integrar com os profissionais de idades e pensamentos diferentes do seu.
Outro aspecto que deve ser levado em conta é a diversidade de raças. O Dia da Consciência Negra (20 de novembro) se aproxima e é importante pensarmos na integração racial entre os profissionais no ambiente de trabalho. Para isso, é fundamental que haja dentro das empresas o respeito recíproco e a dupla aceitação, ou seja, os funcionários não devem ter atitudes preconceituosas, ao passo que também precisam se aceitar e não assumir atos de preconceito contra si mesmo.
Além disso, mais um fator que caracteriza a diversidade nas organizações e gera discussões é a inclusão de deficientes físicos. Você sabia que empresas com mais de 100 funcionários devem contratar de 2% a 5% de profissionais com algum tipo de deficiência? Isso está regulamentado pela Lei de Cotas (nº 8.213/1991), mas somente respeitá-la é pouco. O ambiente deve oferecer condições de trabalho adequadas, como rampas para pessoas cadeirantes na entrada, por exemplo.
Atitudes como essa reforçam a preocupação com os variados funcionários e elevam a motivação e qualidade de vida dentro da empresa. Portanto, integre-se à equipe com que trabalha, respeitando todo e qualquer tipo de diversidade. Fortaleça o diálogo com pessoas que têm pensamentos diferentes do seu. Extraia desse debate ideias que elevem seu conhecimento e também auxiliem no desenvolvimento da empresa. Valorize o diferente como um complemento para sua individualidade.