Mudar é preciso, isso "quase" todo mundo já sabe, ou melhor, tem consciência disso! Mas será que as organizações se deram conta disso realmente? Ou melhor, dizendo, quem dá as ordens sabe que precisa mudar? E os colaboradores, clientes internos também já se questionaram sobre o assunto e tomaram uma atitude? Complicado achar que com a globalização apenas as variáveis econômicas do ambiente externo foram responsáveis por mudanças drásticas no mundo todo e que o ambiente interno sofre mudanças apenas se algum stakeholder quiser. Cito as variáveis econômicas por serem quase sempre transformadoras do mundo empresarial, não que as outras não sejam importantes como as variáveis políticas que costumam estar acima das demais.
Caro leitor, convido você a repensar porque muitas pessoas que tem emprego fixo numa empresa em que passam mais de 10 anos se sentem desanimadas, tipo como se questionassem a si mesmas: amanhã é segunda-feira, mas eu vou ter que ir à empresa mesmo? Não aguento mais as ordens superiores.
Parece que sou escravo dessa empresa, será que eu necessito mesmo disso? Tá longe do final do mês, será que o salário vai custar muito sair com aumento? E alguns colegas reagem como se fossemos idiotas, mesmo sabendo que podemos saber que querem mesmo é puxar o nosso tapete. Não é fácil estar motivado, isso também já sabemos. O mais importante é que você esteja feliz com o que faz, entretanto, após dez anos, muita coisa mudou e aí não é só a organização que precisa se inventar. O colaborador precisa saber que na verdade quem necessita se reinventar é ele mesmo.
O problema é que alguns poucos colaboradores acham que a empresa tem o dever de beneficiá-los com um curso superior ou um treinamento técnico a cada três meses. Até onde vai o dever da empresa em patrocinar uma educação continuada dos seus colaboradores? E o colaborador tem o direito de cruzar os braços e só esperar pela organização? Não ter nenhuma iniciativa própria em continuar sua educação seria culpa de quem?
Quando falo de reinvenção quero dizer, prezado leitor, que ambos os lados necessitam se reinventar! Se por um lado a empresa deve não só buscar mais benefícios para seus colaboradores e também deve rever suas práticas organizacionais, por outro, o colaborador deve ter uma postura pró-ativa, no sentido de ser mais empreendedor e procurar melhorar seu capital intelectual.
O mundo não sabe, e digo isso agora para você que lê esse artigo: o conhecimento sempre foi há séculos passados uma ferramenta altamente eficaz para que quem o possuísse, tanto é que os que o detinham conseguiram se destacar e até hoje são lembrados. Acredito que não preciso citar nomes, você mesmo já deve ter pensado em pelo menos dois. E agora ouvimos alguns especialistas dizerem que estamos na era do conhecimento, porque antes o fator de produção era o trabalho, o capital ou a natureza.
As organizações devem investir na busca de mais conhecimento, principalmente quando detém avanços na área de P&D. O certo é que haja reinvenção pela empresa e pelo seu colaborador. Essa busca deve ser incessante, pois, enquanto sua empresa e você vão até aqui, outra empresa e o seu colaborador foram dez vezes mais longe. Então você deve estar pensando: ganha quem for mais longe? Não. Ganha quem for mais rápido e conseguir chegar primeiro, inventar primeiro, obter resultado com efetividade e conseguir se manter num mercado tão competitivo a ponto do benchmarking virar uma prática habitual por parte de muitas organizações.
Nesse século temos exemplos de empresas que ganharam mercado vertiginosamente e se tornaram bem mais rentáveis - se destacando mais que empresas tradicionais - como Makron Books, Google, AT &T e Facebook. Assim, verificamos um patrimônio virtual por vezes mais valioso do que um patrimônio físico, real. A necessidade de urgência, mudança e até reinvenção necessárias no mundo de hoje fez com que jovens cheios de ideias, e empresas de fundo de quintal ganhassem repercussão e sucesso repentinamente, ganhando milhões.