Há 40 anos o mundo tinha a metade da população que tem agora. Até quanto o planeta vai suportar? Para o consultor Aron Belinky, coordenador do Seminário “Diálogos Nacionais sobre Economia Verde: Rumo a Rio + 20”, antes de encontrarmos a resposta, é melhor que cada um comece a fazer a sua parte.
Aron, que é especialista em Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental, participou do Fórum Sebrae de Conhecimento, que termina nesta sexta-feira (18), em Brasília. Ele explica que, como os recursos naturais não se renovam na mesma proporção do crescimento da população humana, é preciso que se faça da sustentabilidade um estilo de vida.
Esse modelo deve, na visão de Belinky, ser utilizado pelas micro e pequenas empresas, justamente por elas serem mais flexíveis e inovadoras. Ele lembrou que a norma ISO 26000, que trata da sustentabilidade e da responsabilidade social, tem capítulo específico para o segmento. E aconselhou: “A mudança é produzir mais com menos”.
O consultor usou exemplos do mundo todo para mostrar o desafio do homem moderno - os Estados Unidos, que concentram muita renda e produzem muito lixo; o Japão, que concentra renda, mas produz pouco lixo; e o Brasil, onde a renda é baixa e a produção de lixo é alta. “Precisamos entender que a sustentabilidade é o objetivo e o desenvolvimento sustentável é a estratégia”, explicou.
Aron apresentou também estudo da consultoria internacional Ernst & Young (The Top 10 Risks For Business), enumerando os dez principais riscos para os negócios. Dois deles estão associados à sustentabilidade: os radicais verdes e a aceitação social corporativa da empresa. “A responsabilidade social corporativa tornou-se cada vez mais importante na última década. No ambiente de negócios atual, onde há constantes ameaças à reputação, as empresas precisam agir com cuidado para manter a confiança do público”.