Integração de culturas organizacionais distintas, gestão de pessoas e conflitos, padronização de processos internos, período de adaptação até a integração plena de rotinas operacionais. Estes são apenas alguns dos desafios enfrentados por companhias em movimento de expansão que adquirem ou se fundem a outras organizações tendo em vista um fortalecimento do posicionamento de mercado e a ampliação do potencial de captação de recursos financeiros.
Apesar dos obstáculos esperados – uma vez que estamos falando de realidades organizacionais, em diversos casos, diametralmente opostas, mesmo que se tratem de empresas do mesmo segmento –, e da crise que impactou o volume de negócios gerados em M&A, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), pelo terceiro ano consecutivo, tivemos aumento no número de anúncios de Fusões & Aquisições em 2017 (143 ao todo, ante 138 em 2016 e 111 em 2015).
Levando em conta este cenário e tomando como objeto de análise questões de ordem contábil, fiscal, tributária e trabalhista, separamos algumas das “dores” que líderes de áreas e gestores precisam sanar, de modo que os processos de M&A sejam conduzidos de modo eficiente e razoável, evitando-se assim, dores de cabeça na pós-aquisição.
Qual o seu plano após adquirir outra organização?
Como todo passo importante dentro da vida útil de uma organização, a fusão ou aquisição de uma companhia exige todo um planejamento para que os objetivos esperados com o processo sejam alcançados com sucesso.
E este planejamento, decerto, não envolve apenas o período pré-aquisição, mas também o day after, o período inicial pós-aquisição, em que deverá ser realizada uma análise minuciosa da integração das empresas, pontos críticos, trabalhos que deverão ser realizados para a padronização de rotinas e processos, eventuais necessidades de readequação do quadro de funcionários, enfim, um plano estratégico da “caminhada” em termos da estabilização ou redesenho de culturas, estratégias, operações e controles internos.
Somente após essa análise das necessidades identificadas e planejamento estratégico das ações que serão tomadas neste período de pós-aquisição é que os desafios encontrados poderão ser vencidos com as ferramentas e profissionais necessários para tanto. Vejamos alguns destes desafios no tópico a seguir.
Os principais desafios nos processos de Pós-Aquisição
Certamente, empresas encontram-se em níveis de maturidade diferentes em relação a processos internos, mas é absolutamente urgente cuidar das seguintes análises:
O caminho para a resolução dos obstáculos
Identificados os desafios envolvidos na pós-aquisição de outra organização, é chegada a hora de enfrentá-los.
Um dos possíveis caminhos para esta superação é a busca pelo suporte de consultorias multidisciplinares que, atuando com um conjunto de profissionais especializados (advogados trabalhistas, contabilistas, analistas fiscais e tributários) pode auxiliar uma companhia a solucionar pontos críticos, alinhar processos e minar as chances de que a empresa em questão sofra com problemas fiscais, contábeis ou do âmbito trabalhista, sem a necessidade de que a organização desvie equipes do seu core business ou amplie de modo demasiado os seus custos fixos com a contratação de mão de obra. Será um investimento que trará benefícios no médio prazo (ou evitar gastos com multas por certas infrações).
Ademais, esta rota tem a vantagem de preparar melhores os líderes e gestores de uma companhia para processos futuros de fusão ou aquisição. Seja qual for o caminho escolhido, o fundamental é não deixar estes desafios de lado. Deste modo, o crescimento de sua empresa não virá acompanhado de dores de cabeça.