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O futuro é diverso e as empresas precisam internalizar isso

Por muito tempo, a tecnologia era um meio para um produto. Por exemplo, engenheiros de software trabalhavam arduamente para construir sistemas que, depois, viravam hardwares – computadores, televisores, telefones celulares. O consumidor final, a partir daí, utilizava a tecnologia dos bastidores de um produto para consumir o front, que estava na superfície.

Por muito tempo, a tecnologia era um meio para um produto. Por exemplo, engenheiros de software trabalhavam arduamente para construir sistemas que, depois, viravam hardwares – computadores, televisores, telefones celulares. O consumidor final, a partir daí, utilizava a tecnologia dos bastidores de um produto para consumir o front, que estava na superfície.

Talvez esse tenha sido um dos motivos para que o segmento da tecnologia fosse cada vez mais nichado. Pense num escritório com dez ou quinze programadores, por exemplo. É possível que você consiga imaginar o perfil dessas pessoas. Mas, em 2019, não é mais bem assim. A tecnologia não está atrás dos drivers, ela é o próprio drive. E este novo sentido pulveriza o interesse, abre portas e possibilidades. A diversidade entra, de forma necessária, e a estratégia, hoje, é que aquele mesmo escritório do início dos anos 2000, lotado de jovens que gostariam de ser o próximo Bill Gates, seja muito mais diverso.

Soft skills

Você já deve ter ouvido falar em soft skills – competências de aptidão e personalidade, que não são exatamente adquiridas pelo currículo, e sim pelo perfil. Segundo Blake Morgan, autora de “A Practitioner’s”, essas habilidades serão fundamentais no futuro para criar processos, produtos e sistemas com uma boa experiência do usuário. Por isso, é preciso diversificar os times, inserir pessoas com diferentes origens e vivências, que possam contribuir de forma mais rica no ambiente de trabalho e também nas relações.

O futuro é diverso. O presente também

Segundo relatório da Mckinsey, o faturamento de empresas que possuem lideranças femininas é 15% maior. Hoje, as mulheres representam 35% das lideranças do empreendedorismo e estão ganhando cada vez mais – nos últimos dois anos, o salário médio das executivas aumentou quase 6%, enquanto o dos homens 4%.

Quando falamos em diversidade étnica e cultural, o aumento de faturamento é de 33%. Ou seja, além de criar um ambiente plural, investir em times diversos também contribui para uma melhor performance. O reflexo de um ambiente de trabalho com mais diversidade nasce de uma demanda da sociedade, que apesar das chamadas “bolhas sociais”, tem cada vez mais aberto o diálogo para entender, de fato, o que é diverso e como podemos estar mais integrados com as não semelhanças.

E como começar?

Para despadronizar os ambientes de trabalho, há algumas medidas que podem ser tomadas. É preciso abrir mão da vaidade individual para contemplar um ambiente mais diverso, mais equilibrado. Criar dinâmicas de escuta e, também, entender que num ambiente plural não é possível nivelar todos da mesma forma é essencial para a construção deste espaço.

A diversidade começa de dentro para fora, necessita de uma mudança de conduta desde a operação de recrutamento à gestão, e o resultado é uma entrega ao cliente enriquecida e com uma maior qualidade.