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Quer praticar mindfulness? Veja por onde começar

Aumento da calma e da sensação de relaxamento interno, redução do risco de estresse e ajuda no controle das emoções são alguns dos benefícios da meditação

Temos ouvido muito sobre o impacto positivo da meditação (mindfulness) em nossas vidas. Como prática contemplativa e de aquietamento da mente, o mindfulness oferece, de maneira focada, tempo para relaxamento e conscientização de nosso estado. Ele proporciona recursos internos para lidar com ansiedade e estresse, cujos sentidos são muitas vezes alterados e influenciados negativamente. “Com a prática, o mindfulness tem o potencial não somente de trazer alívio temporário do estresse, mas de transformar nossa maneira de interagir com o mundo”, afirma Vivian Wolff, coach especialista em desenvolvimento humano e mindfulness pelo Integrated Coaching Institute (ICI).

Benefícios do mindfulness

Aumento da calma e da sensação de relaxamento interno, melhoria da energia e do entusiasmo pela vida, redução do risco de estresse, depressão e ansiedade, e ajuda no controle das emoções são alguns dos benefícios da meditação. Estudos mostram que entre 8 e 12 semanas de práticas formais diárias já trazem mudanças psicológicas positivas. Se incluída de forma habitual, os resultados se ampliam. “A prática regular do mindfulness nos treina a focar a atenção em uma coisa só, no presente, sem julgar ou reagir. Por isso a técnica, além de aumentar a concentração e a eficiência, torna as pessoas mais receptivas e menos reativas. Pense no mindfulness como um mastro segurando a bandeira de nossos pensamentos e fazendo um contraponto positivo ao nosso caos mental e distração contínua”, reforça a coach.

Quem pode fazer

A meditação pode ser praticada por qualquer pessoa de qualquer idade. Até crianças podem meditar. “É importante ter em conta que durante a prática do mindfulness pode surgir um aumento das sensações físicas ou emocionais. Portanto, caso você esteja em tratamento de alguma enfermidade, é recomendado avisar o instrutor, para que ele possa gerenciar melhor as suas necessidades, se surgirem”, alerta Vivian.

Como iniciar

Segundo a especialista, introduzir o mindfulness no cotidiano é como começar a ir à academia. Requer motivação, tempo para si e disciplina. O ideal é ser apresentado à prática através de um curso com um instrutor. “Durante as aulas, é possível aprender técnicas variadas que vão ajudar a escolher a que melhor se adapte ao seu estilo de vida”. Em geral, os cursos duram 8 semanas. Depois, já é possível seguir sozinho. A meditação deve ser introduzida aos poucos. “No início, uma prática diária de 5-10 minutos pode ser uma boa maneira de começar e se auto motivar. À medida que vamos nos aprofundando na técnica, podemos aumentar nosso tempo. O recomendado, considerando nossos afazeres e ritmo de vida, é entre 20-45 minutos diários”, pontua Vivian.

Qual a frequência ideal

A recomendação é que a frequência da meditação seja diária. Com o mindfulness, é possível também fazer exercícios de pausas ao longo do dia, propiciando ao praticante o treino e a tomada de consciência no presente, onde quer que você esteja, quantas vezes por dia desejar.

Qual o melhor horário

“Não importa se é de manhã, à tarde ou à noite. O horário para realizar a atividade deve ser o que melhor funciona para você. O fundamental é a regularidade, pois realizar as práticas de maneira diária e sistemática é o que vai produzir os maiores benefícios”.

Onde fazer

A recomendação é praticar em um lugar tranquilo e silencioso. “Ruídos como vozes, música ou sirenes podem captar nossa atenção e distrair nossa mente. Uma boa dica é meditar sempre no mesmo lugar. Isso ajuda a criar uma rotina e a manter o hábito”, aconselha Vivian Wolff. A coach afirma que a partir do momento em que a prática já estiver estabelecida e consolidada, é possível experimentar diferentes tipos de estímulos durante sua meditação. Quanto à posição, o praticante pode meditar sentado no chão, em uma cadeira ou almofada, deitado e até mesmo em pé. “O importante é se sentir estável e confortável durante a atividade”.

Que roupa usar

“Já meditei com pessoas de terno e vestido curto. Desde que você esteja à vontade, não existe um traje específico. A sugestão é que seja uma roupa que te permita ficar parado por um longo período, sem incomodar, causar calor ou frio, e que seja de tecido agradável ao toque, como malha ou algodão”.

Sozinho ou acompanhado

Segundo a especialista, uma companhia para meditar é sempre melhor, pois gera motivação e troca de experiências. “Durante as aulas de mindfulness em um curso formal, a rede de apoio do grupo promove mais energia, mais estímulo e resulta em grandes transformações positivas”, finaliza Vivian Wolff.