A confiança do consumidor brasileiro registrou leve alta em novembro, passando dos 72 pontos, do mês anterior, para 73 pontos, de acordo com o Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Apesar da melhora, o indicador ainda se encontra na zona do pessimismo. O INC varia de zero a 200 pontos, sendo que apenas resultados que superam os 100 pontos denotam otimismo por parte do consumidor.
Segundo o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, o indicador está em curva ascendente desde maio deste ano, quando registrava 66 pontos. Nos últimos meses, porém, ele tem patinado. Em setembro o INC marcava 74 pontos, ou seja, desde então o indicador se mantém estagnado considerando a margem de erro de dois pontos para cima e para baixo.
A vacinação, as medidas de flexibilização das restrições às atividades econômicas e o aumento da ocupação formal e informal são fatores positivos para o humor dos consumidores. “Mas o brasileiro ainda se mantém cauteloso”, comenta Gamboa.
POR REGIÕES
O INC ouviu 1.657 consumidores de todas as regiões do Brasil. A mais otimista é a Centro-oeste, com 84 pontos. Norte, Sudeste e Sul registraram respectivamente 83, 77 e 66 pontos. O Nordeste é o mais pessimista, com 63 pontos.
POR CLASSE SOCIAL
Entre as classes sociais, AB se mostram um pouco mais confiantes que a classe C, 81 e 79 pontos, respectivamente, enquanto as classes DE atingiram 51 pontos.
“Há boas perspectivas sobre o futuro, o que sinaliza uma pré-condição para a retomada da jornada do consumo”, afirma Gamboa.
ESTADO DE SÃO PAULO
Recorte do indicador nacional, o Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), também mostrou estabilidade ao registrar 74 pontos em novembro, mesmo patamar de outubro.
"Continuamos em curva ascendente. O Estado de São Paulo acelerou o ritmo de vacinação e a economia aos poucos voltará ao patamar registrado anteriormente à pandemia", diz o economista da ACSP.
O INC e o ICCP medem a percepção da população sobre sua condição financeira atual e as expectativas em relação à situação futura, afetando o comportamento destas pessoas na hora da compra.