O Banco Central abriu nesta segunda-feira (7) o agendamento de saques do dinheiro esquecido por milhões de brasileiros em instituições bancárias do país.
Cerca de 28 milhões de pessoas físicas e donos de empresas poderão agendar até o fim do mês o recebimento pelo site valoresareceber.bcb.gov.br.
Os valores a receber serão conhecidos apenas no momento do resgate, que foi escalonado em três grupos para evitar uma corrida bancária.
A divisão de agendamentos foi realizada de acordo com o ano de nascimento (para pessoas físicas) ou da criação da empresa (para pessoas jurídicas).
Para datas de nascimento ou criação de empresas anteriores a 1968, o período de agendamento de consulta e resgate começa nesta segunda (7) e vai até sexta (11), com repescagem no sábado (12).
Para quem nasceu ou criou a empresa entre 1968 e 1983, o intervalo é de 14 a 18 de março, com repescagem no dia 19.
Já para pessoas nascidas ou empresas criadas após 1983, o agendamento será entre 21 e 25 de março, com repescagem no dia 26.
Usuários que perderem a data do agendamento original e a repescagem poderão consultar ou solicitar o resgate do saldo existente no fim do mês, a partir do dia 28.
Acessar o site (valoresareceber.bcb.gov.br) na data e no período de saque informado na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo.
Fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer seu cadastro ou aumentar o nível de segurança no site ou no aplicativo Gov.br (no caso de contas tipo bronze).
O BC aconselha não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate.
Ler e aceitar o termo de responsabilidade.
Verificar o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso. A primeira etapa da consulta só informava a existência de valores a receber, sem dar detalhes.
Clicar na opção indicada pelo sistema:
“Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix, o dinheiro será depositado em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix e informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
“Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada.
Importante: na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve consultar os canais de atendimento da instituição clicando no nome dela.
O SVR permite que a população confira se tem dinheiro esquecido em contas encerradas com saldo disponível ou devido a tarifas cobradas indevidamente em operações de crédito, por exemplo.
A consulta aos valores esquecidos será feita em fases. O BC calcula que há R$ 3,9 bilhões em valores “esquecidos” nas instituições financeiras nesta primeira etapa, de 28 milhões de CPFs e CNPJs.
No total, são R$ 8 bilhões — destes, R$ 900 mil já foram resgatados.
O BC reitera que não envia links nem entra em contato com o cidadão — e que ninguém está autorizado a fazê-lo em nome do Banco Central ou do SVR.
“Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. O cidadão não deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!”, alerta o BC.
Reportagem do InfoMoney mostrou que já há criminosos utilizando o SVR para aplicar golpes em pessoas desavisadas. Veja como se proteger de fraudes do WhatsApp.
Quem não estiver apto para receber valores poderá tentar novamente a partir de 2 de maio, quando uma nova fase será aberta na plataforma, incluindo mais “saldos esquecidos”.