No ano passado estavam ativos 783 mil comércios de roupas e acessórios tocados por microempreendedores individuais (MEI). Esse é o tipo de negócio mais procurado por esses empresários, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios publicado pelo Sebrae. O número representava 7% dos 11,2 milhões de empresas administradas por MEI em 2021.
O comércio de roupas e acessórios também liderou a lista entre as opções das micro e pequenas empresas, com 248 mil negócios formalizados nesse segmento, o que representava 3,4% das 7,2 milhões de empresas desses portes ativas no ano passado.
Embora o Comércio encabece a lista de opção dos empreendedores, é o setor de Serviços que mais cresce e que agrega o maior volume de pequenos negócios.
Em 2021, Serviços reunia metade de todos os microempreendedores individuais do país e 41% das micro e pequenas empresas, de acordo com o Sebrae.
Entre as 20 atividades com maior número de MEI no ano passado, doze estavam em Serviços, cinco no Comércio e três na Construção Civil. Já entre as micro e pequenas empresas, das 20 atividades com maior concentração de negócios desse porte, dez estavam em serviço, nove em comércio e um na construção civil.
Segundo Carlos Melles, presidente do Sebrae, a opção por serviços é crescente porque os custos envolvidos nas atividades desse segmento são menores. “Enquanto nos setores de Comércio e Indústria o empreendedor tem um custo inicial com a compra de equipamentos e produtos ou aluguel de espaço, em Serviços, a empresa, muitas vezes, cabe na própria bolsa. Atividades como cabeleireira, chaveiro, produção de quentinhas, por exemplo, pode ser realizadas na rua, na casa do cliente ou do empreendedor”, diz.