Quando eu era criança, pensava que os adultos tinham toda a diversão. Agora, como adulto, vejo que fui cruelmente enganado. Na verdade, ser adulto é principalmente sobre beber café para se manter acordado, pagar impostos e trabalhar cinco dias por semana. Mas e se eu te dissesse que existe uma proposta ousada que pode mudar essa rotina – a semana de trabalho de quatro dias?
Sim, você ouviu certo. Uma semana de trabalho que parece fim de semana prolongado. Um mundo onde as segundas-feiras podem ser gastas assistindo Netflix no sofá em vez de encarar a temida caixa de entrada do e-mail. Parece bom demais para ser verdade? Bem, de acordo com algumas pesquisas recentes, não é.
Um estudo conduzido na Islândia entre 2015 e 2019 mostrou que a redução da semana de trabalho para quatro dias resultou em maior produtividade e bem-estar dos trabalhadores, sem qualquer custo para os empregadores. O quê? Trabalhando menos, produzimos mais? Parece uma matemática que eu realmente gosto!
E não é só a Islândia. Na Nova Zelândia, a empresa Perpetual Guardian implementou a semana de trabalho de quatro dias em 2018 e descobriu que o nível de estresse dos funcionários diminuiu em 7% enquanto a satisfação geral aumentou em 5%. Parece que os Kiwis estão realmente aproveitando essa coisa de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
Mas antes de começarmos a sonhar com longos fins de semana e quartas-feiras sendo a nova sexta-feira, vamos fazer uma pausa. A semana de trabalho de quatro dias pode trazer algumas complicações. Como vamos redistribuir as horas de trabalho? E os empregos que exigem presença física constante, como o setor de saúde ou o policial? E se a Netflix ficar sem séries para assistir na segunda-feira de folga? São questões importantes.
A verdade é que a semana de trabalho de quatro dias não é uma solução mágica para todos os problemas do mundo do trabalho. Mas é uma proposta que merece reflexão. Pode ser um passo na direção certa para um mundo onde trabalhar não significa sacrificar o tempo de lazer e a saúde mental.
Então, quer você esteja sonhando com um fim de semana de três dias ou tremendo de medo com a ideia de compactar suas horas de trabalho, a discussão está aberta. Afinal, quem sabe? Talvez a semana de trabalho de quatro dias possa ser o início de um lindo romance entre nós e nossa produtividade.
E agora, se me dá licença, acho que vou começar a planejar o que fazer com minha futura segunda-feira de folga. Eu ouvi que a nova temporada da minha série preferida chegando à Netflix…
Ao que parece, o tópico da semana de trabalho de quatro dias tem o poder de acender paixões tão intensas quanto a batalha entre amantes de pizza com ou sem abacaxi. De um lado, temos aqueles que dizem “sim, por favor” à ideia de trocar o terno e a gravata por pijamas confortáveis na segunda-feira. Do outro, aqueles que se preocupam com a possibilidade de termos apenas três dias para recuperar o atraso causado por um dia a menos de trabalho.
Em qualquer caso, algo é certo: a discussão sobre a semana de trabalho de quatro dias está colocando em evidência uma questão muito mais profunda e significativa. Estamos finalmente questionando a forma tradicional de trabalhar e percebendo que, talvez, só talvez, existam maneiras mais eficientes, saudáveis e equilibradas de fazer as coisas.
E, ao que tudo indica, as empresas estão prestando atenção. Uma pesquisa recente da revista “Forbes” mostrou que 15% das empresas americanas estão considerando a adoção da semana de trabalho de quatro dias até 2023. Então, mesmo que as segundas-feiras de folga ainda não estejam ao nosso alcance, elas estão cada vez mais próximas no horizonte.
Agora, nesse ponto, você pode estar se perguntando: “E se a semana de trabalho de quatro dias não for a resposta para todos os nossos problemas?” E você estaria absolutamente certo. Nenhuma solução única pode atender a todas as nossas necessidades. No entanto, a disposição para questionar a norma e explorar novas possibilidades é um passo na direção certa.
Então, enquanto continuamos a debater os prós e contras da semana de trabalho de quatro dias, talvez devêssemos celebrar o fato de que estamos finalmente começando a imaginar um futuro do trabalho que valoriza tanto a produtividade quanto a qualidade de vida. Porque, no final do dia, não é isso que todos nós queremos?
E enquanto esperamos que esse futuro chegue, sugiro que peguemos uma xícara de café (ou duas), coloquemos nossos pijamas mais confortáveis e, quem sabe, comecemos a planejar como aproveitaremos nossas futuras segundas-feiras de folga. Eu já estou vendo uma maratona da minha série no horizonte…
Até lá, vamos continuar a sonhar com um mundo onde o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho não é apenas um conceito bonito em um manual de RH, mas uma realidade tangível. E, quem sabe, um dia em que a expressão “segunda-feira azul” se referirá apenas a uma antiga canção dos anos 80 e não à nossa realidade semanal.