Devido à conjuntura econômica nada favorável com juros altos, dúvidas sobre os rumos da economia e baixa demanda, a prioridade dos varejistas hoje é ter capital de giro. Crescer a qualquer custo, aportando recursos próprios ou captando no mercado se tornou mais difícil por causa do custo mais alto. Para piorar, há muitos concorrentes em busca de clientes, o que aumenta a pressão sobre o preço e a rentabilidade.
Não é fácil operar em um ambiente de negócios tão hostil. Mas há uma forma de sobreviver à tempestade usando o principal meio de atração de consumidores do varejo: o preço. Uma boa política de precificação é tudo que uma empresa necessita para se manter forte no mercado e até mesmo crescer, sem a necessidade de aplicação de recursos extras.
O preço é muito mais do que simplesmente o valor estipulado para produtos e serviços. É uma ferramenta para gerenciamento empresarial e deve estar em otimização contínua. Inclusive pode e deve ser utilizado como mecanismo financeiro para gerar mais margem ou faturamento. Podemos usar o preço para trazer o resultado esperado.
Por esta razão, não se deve, em hipótese alguma, determinar um preço intuitivamente. Pelo contrário, ao precificar o gestor precisa ter seu objetivo muito claro e de forma bem calculada. Pode ser desovar estoque, aumentar o lucro, atrair clientes novos. Preço muito alto pode afastar a clientela e muito baixo gerar prejuízos. Imagine vender baratinho e descobrir que o dinheiro obtido não é suficiente para repor todo o estoque.
Ao estipular um preço adequado o varejista consegue fazer uma promoção para se livrar de um determinado produto cujo prazo de validade está para vencer. É possível elevar o valor com o intuito de lucrar bastante vendendo um pouco menos. Basta saber o percentual exato para que esse aumento não prejudique as vendas. Existem casos em que o lojista quer atrair clientes, mas não convém baixar preços porque não há estoque para atender a demanda. Então, convém manter o preço.
Percebemos aqui que o preço, por si só, é capaz de ditar o ritmo das vendas e o percentual de margem que o negócio vai atingir. A dificuldade dos empresários é justamente definir esse preço ótimo. O varejo trabalha com milhares ou dezenas de milhares de itens em suas prateleiras. Como determinar e aplicar, sempre que necessário, preços e promoções num rol tão grande de produtos?
A melhor forma de fazer isso é com a implantação de soluções de pricing, principalmente aquelas baseadas em inteligência artificial (IA). Elas são capazes de monitorar os preços do mercado em tempo real, analisar o comportamento dos consumidores e, junto com dados da própria empresa, como custos, itens em estoque, metas de desempenho previamente estipuladas, definir o preço ideal para cada produto em cada momento.
Assim, se outras lojas virtuais fazem promoção, a solução de pricing estará atenta para sugerir uma mudança de preço capaz de chamar a atenção dos consumidores. Isso, respeitando aquilo que o gestor definiu como margem mínima de lucro. Dessa forma, é possível vender bem, com a melhor rentabilidade possível para cada item da prateleira.
E justamente por trabalhar baseado em informações internas e externas, a ferramenta de precificação ajuda na gestão de estoque, evitando rupturas por falta de produto ou prejuízo operacional por conta de encalhes. A junção de gestão eficiente de estoque e precificação dinâmica e assertiva tem como resultado manter a empresa firme e forte, mesmo nos piores cenários econômicos.