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Receita já estuda novidades para ter mais controle sobre deduções do IR

Mudanças, porém, não valeriam para IR 2011, que termina em 29 de abril. Fisco vai atrás de profissionais liberais de Saúde; Educação entra na mira

O prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda de 2011, relativo ao ano-base 2010, nem terminou e o Fisco já está pensando em alterações para os próximos anos com o objetivo de evitar sonegação de tributos. E o alvo são as deduções do IR.

De acordo com o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, o órgão já se movimenta para fazer uma declaração específica para os profissionais liberais da Saúde - que não estão obrigados a apresentar a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed).

Essa declaração é usada pelo Fisco para combater as chamadas notas fiscais "frias", muito utilizadas por contribuintes no passado para tentar pagar menos Imposto de Renda ou para obter restituições maiores do que teriam direito.

A Dmed deve ser entregue pelas prestadora de serviços médicos e de saúde, pelas operadora de plano privado de assistência à saúde, ou prestadora de serviços de saúde, além das operadoras de plano privado de assistência à saúde. Entretanto, não engloba os profissionais liberais do setor.

Com as informações da Dmed, o Fisco pode cruzar os dados com as deduções declaradas pelos contribuintes, que têm de ser embasadas com notas fiscaiis, e, em caso de inconsistências, lançar multas.

"Queremos incluir os profissionais liberais. Talvez não para o ano que vem, mas valendo para 2012, relativo à declaração que será entregue em 2013. Mas, como são profissionais liberais, tem que ser alguma declaração já pronta", disse Adir ao G1, lembrando que os estes trabalhadores não possuem a mesma estrutura contábil das empresas que atuam no setor.

Segundo Adir, a Receita Federal também avalia a possibilidade de aumentar o controle sobre as deduções na área de Educação, por meio de uma nova declaração para o setor. "Pode ter alguma coisa para a Educação. Não está previsto, mas não se descarta também. Podemos ter alguma coisa no futuro", disse ele. As informações são do G1.