PLDO anuncia salário mínimo de 2022, 2023 e 2024; confira tabela e valores

O governo projeta que o salário mínimo deverá ser de R$ 1.147 para 2022, de acordo com o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano que vem. Este valor proposto para o salário mínimo de 2022 significa um reajuste de 4,27%, na comparação com o valor praticado neste ano.

Apesar da correção do piso salarial, o valor segue sem ganho real aos trabalhadores. O texto foi divulgado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (15). O envio acontece no limite do prazo estabelecido.

Este será o terceiro ano seguindo em que o piso nacional não terá aumento acima da inflação.

Dessa forma, manterá o plano do governo Jair Bolsonaro, que encerrou com a política de ganhos reais.

O projeto ainda poderá ter ajustes ao longo da tramitação no Legislativo. O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, ressaltou que o governo tem até dia 31 de dezembro para chegar o valor a ser praticado no próximo ano.

Para 2023, o governo propõe um salário mínimo de R$ 1.088. Já para 2024, o valor estipulado é de R$ 1.229.

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve como base para 50 milhões de pessoas no país.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100, conforme a medida provisória editada por Bolsonaro. Este valor não repôs a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que contraria a determinação da Constituição Federal.

Ao considerar que o INPC de 2020 encerrou em 5,45%, o valor mínimo deste ano deveria ser de R$ 1.102. No entanto, o governo não incluiu esta diferença de R$ 2. Caso esta incorporação não aconteça até o fim deste ano, o resíduo será incluído no salário mínimo em 2022.

De acordo com o Ministério da Economia, cada R$ 1 aumentado no salário mínimo possui impacto de aproximadamente R$ 315 milhões no orçamento.

Isto se deve porque a mudança do salário mínimo está atrelada aos benefícios da Previdência Social, Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguros-desemprego, entre outros gastos.